Polícia Ambiental apreende sete redes de pesca irregular em Caraguatatuba

Polícia Ambiental realiza soltura de Raia Borboleta, Ameaçada de Extinção, Raia-Chita, Tartaruga Marinha e demais peixes e raias comuns, que estavam enroscadas nos petrechos. Flagrantes foram constatados por uma equipe da 5ª Companhia de Polícia Militar Ambiental Marítima do 3º BPAmb

Os flagrantes ocorreram na última quarta-feira (3/4), nas proximidades da Praia do Camaroeiro e Prainha, em Caraguatatuba, onde os Policiais Militares apreenderam quase 800 metros de redes de pesca.

Os Policias Militares localizaram ao todo sete redes de emalhe de superfície (boiada), variando entre 40 e 200 metros cada, totalizando 790 metros de petrechos irregulares, conforme a legislação pesqueira vigente.

Na ocasião, não havia nenhum pescador nas proximidades dos petrechos, tão pouco as devidas plaquetas de identificação, caracterizando infração administrativa de exercício ilegal da pesca utilizando petrecho não permitido, bem como Crime Ambiental sem autoria, sendo imediatamente recolhidos os petrechos para posterior destinação a instituições cadastradas para a devida reciclagem, materializando assim o compromisso da Policia Ambiental do Estado de São Paulo com a sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

Durante a recolha das redes, foram desemalhados vivos, diversos peixes e várias raias, como a Raia-Ticonha, bem como um exemplar de Raia-Borboleta, (Gymnura altavela) espécie ameaçada de extinção, caracterizada como Criticamente em Perigo na lista oficial do Ministério do Meio Ambiente.

Em outro petrecho, além dos peixes, foi salvo um exemplar de Raia-Chita, (Aetobatus Narinari.) conhecida também como Raia Pintada, espécie peçonhenta. O aparecimento desta espécie é comum no litoral paulista, mas a recomendação é que a população mantenha distância do animal. Ela possui de 1 a 5 ferrões na base da cauda sendo capaz de inocular uma forte substância tóxica.

Durante a retirada das sete redes, ainda foi desemalhada viva, uma Tartaruga-Verde, a qual permaneceu por alguns minutos na embarcação, se recuperando, sendo devolvida ao mar sem ferimentos. A espécie é a única tartaruga marinha que foi excluída da lista de animais ameaçados de extinção, em 2022, graças á ações como esta, que colaboram para a perpetuação da fauna ictiológica, sobretudo as ameaçadas.

 

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