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Operação mira quadrilha de estrangeiros envolvida em golpes virtuais

Organização criminosa tinha estrutura sofisticada de empresas e movimentou mais de R$ 480 milhões em 8 meses

A Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público deflagraram, nesta quarta-feira (27), a Operação Cineris contra uma quadrilha de estrangeiros envolvida em golpes virtuais com uma estrutura sofisticada de empresas para lavar o dinheiro obtido com o crime. São cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e outros sete de prisão nas cidades de São Paulo, São José dos Campos e Ibiúna.
As investigações se iniciaram no 1° Distrito Policial de Rosana, no oeste do estado, quando um morador denunciou ter sido vítima de uma fraude. Os criminosos usavam um site hospedado em Istambul, na Turquia, para simular aportes de valores com promessas de impulsionar investimentos.
Com a ajuda do Ministério Público e da Unidade de Inteligência Policial da região de Presidente Prudente, foi descoberto que a quadrilha fazia vítimas em todo o país e, em pelo menos oito meses, movimentou mais de R$ 480 milhões com o crime.
Havia um “passo a passo” estratégico para lavar esse dinheiro. Primeiro, o valor caía na conta digital de um “laranja”. Depois, os verdadeiros criminosos assumiam o controle dessa conta por meio do aplicativo e repassavam o dinheiro para empresas de fachada.
Para encaminhar o valor aos membros da quadrilha sem que as autoridades desconfiassem, eles usavam fintechs e gateways — negócios tecnológicos que oferecem serviços financeiros inovadores, como créditos, seguros e financiamentos de forma digital, além de serem uma “ponte” que conecta sites, lojas e outras empresas a instituições financeiras para processar transações.
Além de lavar o dinheiro obtido com o golpe, o esquema dos estrangeiros investigados também atendia outras facções criminosas que usavam da estrutura para ocultar bens.
“Era uma verdadeira ‘lavanderia de dinheiro’”, destacou o delegado Edmar Caparroz, que coordena as ações. “A quadrilha tinha um ciclo completo para dissimular a origem ilícita dos valores. Não era só os golpes que esses suspeitos aplicavam, mas eles também ofereciam os serviços a outras organizações”, explicou.
Ao todo, foram empenhados 97 policiais civis para o cumprimento das ordens judiciais. As equipes ainda contam com o apoio operacional de unidades especializadas como a Divisão Estadual de Investigações Criminais (Deic), Grupo Especial de Reação (GER) e do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra). As ações seguem em andamento.

Redação

Nosso compromisso é com a notícia. O que faz nossa equipe apurar junto aos órgãos oficiais as principais informações da resenha policial da região.

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